31 de maio de 2016
Reunião discute surto de gripe entre índios da região do Xingu, no Pará
Uma reunião marcada para esta segunda-feira (30) em Altamira, no Pará, avaliou o plano de emergência para combater o surto de gripe entre índios da região do Xingu. Oito crianças já morreram em aldeias da região em cerca de um mês. A eficácia da força-tarefa montada para combater o surto de gripe foi questionada pelos indígenas, que denunciam a ausência de médicos nas equipes de saúde que atuam nas aldeias do município. "Eu só me pergunto como é que uma força-tarefa vai ser montada sem médico. Aí um fica jogando a bola pro outro, e enquanto isso a população indígena está morrendo", disse o cacique Rodrigo Curuaia.
O questionamento foi feito na sexta-feira (24), durante uma reunião de quase três horas na Secretaria de Saúde de Altamira, com a participação de lideranças indígenas e representantes dos governos municipal, estadual e federal. Os indígenas cobraram o funcionamento imediato do Hospital geral de Altamira, que ainda não foi inaugurado, e cobraram que a unidade aumente o número de leitos para atender doentes das aldeias. Os índios alegam estar preocupados com os surtos de gripe. O líder indígena Léo Xipaia pergunta: “ é preciso morrer mais indígenas pra acionar o governo?”, questiona.
O MS confirmou que o surto de gripe nas aldeias se intensificou desde a última quinzena do mês de abril. Entre janeiro e maio de 2016 foram registrados 540 casos de síndrome gripal aguda e 61 de síndrome gripal aguda grave, sendo que sete mortes de crianças indígenas foram confirmadas.
Saiba mais.