26 de dezembro de 2016
Verão: combater o Aedes aegypti para prevenir dengue, zika e chikungunya
O calor já havia aparecido, as chuvas também. Os dias já estavam mais longos e as noites mais curtas. Mas apesar de toda cara de verão, a estação só começou mesmo na quarta-feira, dia 22 de dezembro. E até março, quando termina a estação, estas características típicas do período mais quente do ano e que já estavam sendo notadas devem se intensificar ainda mais.
Alguns querem saber se vai ter sol e se vai dar praia, outros se preocupam se será tão quente quanto o verão passado e há, ainda, aqueles que estão é com a cabeça nas férias. Mas em comum todo mundo deve ter uma mesma preocupação: o risco de epidemias de dengue, chikungunya e zika.
A estação, além de dias longos e ensolarados, é marcada, também, por mudanças rápidas nas condições diárias do tempo que levam à ocorrência de chuvas de curta duração e forte intensidade, as famosas chuvas de verão. Condições que fazem aumentar o perigo das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
A alternância de altas temperaturas com chuvas cria o ambiente ideal para o desenvolvimento das larvas e para a reprodução do mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e da zika. As fêmeas do mosquito não colocam seus ovos diretamente na água, mas a milímetros acima de sua superfície. Quando chove – o que é comum no verão –, o nível da água sobe, atingindo os ovos e fazendo-os passar à fase de larvas e até fase adulta.
Além disso, o verão também é ideal para o desenvolvimento das larvas, já que a temperatura mais favorável para o seu crescimento é entre 25 a 30ºC. O resultado disso tudo é o aumento da população de Aedes aegypti e, com isso, o risco de epidemias das três doenças. Prevenção, portanto, mais do que nunca, é fundamental!
As ações de controle e combate à dengue devem fazer parte da sua rotina. Se você já transformou a prevenção em hábito, ótimo! Se ainda não fez isso, não perca mais tempo! Como o mosquito tem hábitos domésticos, as ações de eliminação de focos dependem do empenho de todos.
Na prática, isso significa criar e manter uma rotina para impedir que o Aedes aegypti encontre, dentro de sua residência, ambiente de trabalho, estudo, entre outros, locais propícios para se procriar. Para isso, você vai precisar de 10 minutos por semana. Este intervalo é determinado pelo ciclo de vida do mosquito transmissor da dengue. Como este ciclo leva, do ovo até a fase adulta, cerca de 7 a 10 dias, se a verificação e eliminação dos criadouros forem realizadas uma vez por semana, será possível evitar o nascimento de novos mosquitos.