Um grave problema de saúde pública devido ao alto potencial incapacitante. Assim é a hanseníase, doença infectocontagiosa crônica que atinge, principalmente, pele e nervos periféricos. Segundo dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), em 2014, 65 municípios diagnosticaram novos casos de hanseníase no Estado do Rio de Janeiro. Foram, ao todo, 1166 casos, sendo 64 casos em menores de 15 anos. Do total de casos, 119 pessoas foram diagnosticadas já com incapacidades físicas mais severas, muitas vezes necessitando de procedimentos fisioterápicos de maior complexidade ou intervenção cirúrgica.

Por isso, é importante conhecer a doença e estar atento aos sintomas. Alguns dos sintomas de hanseníase são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas pelo corpo, diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato e caroços e inchaços pelo corpo. A doença tem tratamento e cura. O tratamento é gratuito e disponível nas unidades de atenção básica do SUS. As deformidades físicas podem ser evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento da doença.

Buscando a descentralização e a otimização das ações de diagnóstico precoce a Gerência de Dermatologia Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES- RJ) realiza, no decorrer de cada ano, cursos de capacitação para profissionais de saúde incluindo os agentes comunitários de saúde (ACS). São realizadas também, com a cooperação da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBDRJ) campanhas para detecção de casos principalmente nos municípios de maior prevalência. Segundo a Gerência, divulgar os sinais, sintomas e tratamento da endemia, possibilita o diagnostico precoce sem incapacidades físicas e com interrupção da cadeia epidemiológica da doença sendo a melhor estratégia para eliminar a hanseníase.

Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase

Sendo assim, no último domingo do mês de janeiro é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase e a Gerência de Dermatologia Sanitária – Programa de Hanseníase/RJ realizará várias atividades desde a semana que antecede o dia 31 de janeiro. A agenda já está sendo definida e fechada pelos municípios, mas o objetivo é informar e esclarecer a população sobre os sinais e sintomas da doença, a importância do diagnóstico precoce, a adesão ao tratamento e a cura.