Após notícias sobre uma possível relação do uso do larvicida pyriproxifen com o aumento no número de casos de microcefalia registrados no país, o Ministério da Saúde (MS) divulgou, no último sábado (13/2), uma nota de esclarecimento. Segundo a nota, não existe nenhum estudo epidemiológico que comprove a associação do uso de pyriproxifen e a microcefalia.

De acordo com o MS, no país são utilizados somente larvicidas recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Os produtos passam por um rigoroso processo de avaliação da World Health Organization Pesticed Evaluation Scheme (WHOPES). O pyriproxifen, afirma a nota, está entre os produtos aprovados por esse comitê e também possui certificação pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que avalia a segurança do larvicida no Brasil.

“Ao contrário da relação entre o vírus Zika e a microcefalia, que já teve sua confirmação atestada em exames que apontaram a presença do vírus em amostras de sangue, tecidos e no líquido amniótico, a associação entre o uso de pyriproxifen e a microcefalia não possui nenhum embasamento cientifico. É importante destacar que algumas localidades que não utilizam o pyriproxifen também tiveram casos de microcefalia notificados”, diz a nota.

A nota destaca ainda que o Ministério da Saúde somente recomenda a utilização de larvicidas em situações especiais, onde há necessidade de armazenamento de água e os depósitos não podem ser protegidos fisicamente.

Confira aqui relatório da OMS sobre a utilização do pyriproxifen.