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16 de março de 2016
Secretaria de Saúde esclarece dúvidas sobre microcefalia

Secretaria de Saúde esclarece dúvidas sobre microcefalia

As principais dúvidas de internautas sobre a associação do vírus zika e a incidência de microcefalia foram o tema do bate-papo online promovido pela Secretaria de Estado de Saúde nesta quinta-feira (15/3). Mais de 4,5 mil internautas acompanharam o bate-papo em tempo real. A especialista Fernanda Fialho, coordenadora da pediatria do Instituto Estadual do Cérebro, que é a unidade de referência no estado para o atendimento aos pacientes com diagnóstico positivo para a malformação congênita, participou da ação, respondendo os principais questionamentos enviados pelas redes sociais, além de esclarecer boatos que circulam pela internet.

- É importante que as pessoas tenham acesso às informações sobre o assunto de forma confiável, por isso este tipo de ação é tão relevante – destaca Fernanda Fialho, coordenadora da pediátrica do Instituto Estadual do Cérebro.

Desde o dia 29 de fevereiro, o Instituto Estadual do Cérebro se tornou a unidade de referência para o atendimento de bebês com microcefalia com suspeita de exposição ao vírus zika. Os pacientes estão passando por consultas multidisciplinares, que englobam o atendimento clínico com diversos profissionais, como neuropediatras, pediatras, fisioterapia, fonoaudiólogo, psicólogo, serviço social, além da realização dos exames de vídeo-eletroencefalograma e de imagem. A iniciativa, pioneira no país, atenderá até 50 pacientes por mês, totalizando cerca de 500 atendimentos, entre consultas e exames.

As mulheres grávidas que tenham exames positivos para o vírus zika e que apresentem alterações em exames de ultrassom indicando a possibilidade de microcefalia nos fetos terão agendamento para a realização de ressonância magnética a partir do 2º trimestre. Com a precisão deste tipo de exame, o resultado poderá colaborar para o acompanhamento pré-natal das gestantes em suas unidades de origem. Todas continuarão a ser acompanhadas pela SES.

Perguntas e Respostas:


O que é microcefalia?

Resposta: A microcefalia é uma malformação congênita que causa a redução do tamanho do crânio. Assim, o cérebro de uma criança acometida é menor do que o normal para sua idade, o que causa prejuízos ao seu desenvolvimento mental. O Ministério da Saúde, com base nas orientações da Organização Mundial da Saúde, determinou que, para efeito de notificação, a microcefalia se caracteriza pela circunferência do crânio inferior a 31,9 centímetros para meninos e 31,5 centímetros para meninas.

O que pode causar a microcefalia?

Resposta
: A microcefalia pode ter várias causas, como a exposição do feto a drogas e álcool durante a gestação, além de infecções, como toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, entre outras, como a recém descoberta associação com o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Ou ainda, pode ser causada por alterações genéticas. Dependendo da fase da gestação em que isso acontece, o desenvolvimento do cérebro é afetado, determinando, posteriormente, a redução do tamanho da cabeça da criança.

Como se descobre a microcefalia?

Resposta
: A microcefalia é uma indicação de que a cabeça da criança não cresceu, podendo ser descoberta ao nascimento, quando se mede o perímetro cefálico da criança, ou ainda ao longo dos dois primeiros anos de vida. Toda consulta pediátrica deve incluir a medida do perímetro cefálico, peso e estatura da criança de até 2 (dois) anos de idade. A microcefalia também pode ser diagnosticada durante o acompanhamento pré-natal, com a realização de exames de imagem. Porém, não são raros os casos em que a malformação só é detectada após o nascimento.

O que pode ser feito para evitar que a microcefalia ocorra? Há alguma forma de prevenção?

Resposta
: Depende da causa. Se a microcefalia for relacionada a uma infecção, por exemplo, é possível evitar. É essencial que as gestantes façam o pré-natal adequado, tomem as vacinas recomendadas e façam seus exames de ultrassom. Também é necessário evitar o consumo de álcool e drogas, para prevenir que as crianças tenham o desenvolvimento fetal comprometido, ainda dentro do útero materno.

A associação da microcefalia com o vírus zika está confirmada? Em que momento da gestação a microcefalia acontece?

Resposta
: O comprometimento do cérebro do feto pode acontecer em qualquer momento da gravidez. Porém, o momento mais crítico é o primeiro trimestre, pois é o período da formação dos órgãos do bebê. Desde o final do ano passado, foi identificado, primeiramente no Nordeste do país, o aumento do número de casos de microcefalia, que foram relacionados ao aumento de casos de infecção pelo vírus zika. Atualmente, já há pesquisas e estudos que afirmam a associação entre o vírus e a malformação, quando o vírus infecta uma gestante. Não é possível, no entanto, afirmar que todas as grávidas infectadas pelo vírus zika irão gerar bebês com diagnóstico de microcefalia ou mesmo determinar um percentual em que isso vá ocorrer de fato.

Existe a possibilidade de o bebê nascer com microcefalia, mas isso não ser detectado imediatamente ao nascimento?

Resposta
: Sim. Dependendo da fase da gravidez em que houve o comprometimento do desenvolvimento cerebral, a criança pode nascer com a cabeça de tamanho normal, porém, o perímetro cefálico pode parar de progredir. Por isso, é essencial que todas as crianças sejam acompanhadas por médicos pediatras.

Como a microcefalia afeta a vida das crianças?

Resposta
: Ao afetar o desenvolvimento do cérebro, a microcefalia pode gerar uma série de comprometimentos – auditivo, motor e visual. É importante lembrar que existem diferentes níveis de comprometimento, o que faz com que cada caso seja bastante específico.

A microcefalia pode ser revertida?

Resposta
: Não. É importante que as crianças com diagnóstico de microcefalia recebam estímulos precoces, por isso, há a recomendação para que as crianças sejam encaminhadas para centros de reabilitação. A família também possui papel fundamental no desenvolvimento dos bebês.

Quais são os tratamentos disponíveis para crianças com microcefalia?

Resposta
: Não existe um tratamento específico para o crescimento da cabeça da criança. O tratamento, que deve ser avaliando individualmente, fará com que a criança tenha melhor qualidade de vida. Dependendo do grau de acometimento, a criança poderá se desenvolver com maior ou menor facilidade.

Há boatos que dizem que vacinas com prazo de validade vencido podem estar causando microcefalia. É verdade?

Resposta
: Não há qualquer relação entre vacinas e aos casos de microcefalia. O calendário vacinal no Brasil é completo e as vacinas, totalmente seguras. As vacinas são extremamente importantes para a proteção de todos.

Como o estado do Rio de Janeiro está atendendo os pacientes com microcefalia?

Resposta
: O estado do Rio de Janeiro lançou, em 29 de fevereiro, um projeto pioneiro no país para o acolhimento das crianças com diagnóstico positivo para microcefalia. O Instituto Estadual do Cérebro irá atender todas as crianças, oferecendo atendimento multidisciplinar, que envolvem consultas ambulatoriais com profissionais de diversas áreas, além de baterias de exames. O diagnóstico e a avaliação individual de cada caso vão permitir que os pacientes tenham a indicação de qual é o melhor tratamento, dentro de suas especificidades. Depois de atendimentos no IEC, as crianças são encaminhadas para as unidades básicas de saúde, portando todas as informações sobre seus quadros clínicos.

Para que as crianças sejam encaminhadas para o Instituto, os casos de microcefalia devem ser, obrigatoriamente, notificados corretamente para a Secretaria de Estado de Saúde, que está realizando busca ativa para o agendamento dos pacientes. Para mais informações, a SES disponibilizou o telefone 0800 600 40060800 600 4006 FREE, que funciona de segunda a sexta-feira das 9h às 16h. No site www.xozica.com, também é possível tirar dúvidas e fazer contato direto com a secretaria.

Além do atendimento para as crianças com microcefalia, nascidas a partir de junho de 2015, o IEC também está recebendo gestantes sob suspeita de exposição ao vírus zika e que apresentem exames de imagem com possibilidade de diagnóstico de microcefalia nos fetos, que serão submetidas a exames de ressonância magnética. O exame, de alta complexidade, é importante porque é um dos mais precisos disponíveis atualmente.

Assista aqui ao vídeo!

Secretaria de saúde
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