07 de novembro de 2016
Bebidas adocicadas: consumo excessivo pode levar à obesidade e diabetes
Em 2014, mais de um em cada três adultos (o que representa 40% deles) em todo o mundo estava acima do peso. A prevalência mundial da obesidade mais do que dobrou entre 1980 e 2014, com 11% de homens e 15% de mulheres (mais que meio bilhão de adultos) sendo classificados como obesos. Além disso, estima-se que 42 milhões de crianças com menos de 5 anos de idade estavam acima do peso ou obesas em 2015, um aumento de cerca de 11 milhões durante os últimos 15 anos.
Os dados são da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que aponta, também, que o número de pessoas que vivem com diabetes também tem aumentado – de 108 milhões em 1980 para 422 milhões em 2014. A doença foi diretamente responsável por 1,5 milhão de mortes apenas em 2012.
Uma dos fatores que contribui, segundo a OPAS, contribui para este cenário de uma epidemia mundial de obesidade é o consumo excessivo de bebidas adocicadas. De acordo com a organização, a queda no consumo de bebidas açucaradas contribui para reduzir, por exemplo, o número de obesos, de pessoas com diabetes tipo 2 e de cáries dentárias. Por isso, a organização pede que governos elevem imposto de refrigerantes e sucos. Para a OMS, a medida ajudaria a diminuir consumo e combater obesidade, diabetes e cáries.
O Guia Alimentar da População Brasileira, do Ministério da Saúde, classifica as bebidas adocicadas como calorias líquidas. Segundo o guia, no caso de refrigerantes, refrescos e muitos outros produtos prontos para beber, o aumento do risco de obesidade é em função da comprovada menor capacidade que o organismo humano tem de “registrar” calorias provenientes de bebidas adoçadas.
O melhor, portanto, é optar pela água e sucos de frutas naturais. Mas, atenção! Sucos e bebidas à base de fruta fabricados pela indústria são em geral feitos de extratos de frutas e adicionados de açúcar refinado, de concentrados de uva ou maçã (constituídos, predominantemente, por açúcares) ou de adoçantes artificiais. O mesmo vale para bebidas lácteas e iogurtes adoçados. Produtos que devem, portanto, ser evitados.