09 de novembro de 2016
Tratamento precoce da sífilis pode evitar em até 100% a infecção no bebê

Dados do Ministério da Saúde mostram que, entre os anos de 2014 e 2015, a sífilis adquirida teve um aumento de 32,7%, a sífilis em gestantes 20,9% e a congênita (que é transmitida da mãe para o bebê), de 19%. Em 2015 foram notificados 19.228 casos de sífilis congênita, uma taxa de incidência de 6,5 por 1.000 nascidos vivos.
Os números confirmam a importância de conscientizar as gestantes e os profissionais de saúde sobre a importância de fazer o teste que detecta a doença logo no início do pré-natal. Assim, caso o resultado seja positivo, a gestante poderá começar o tratamento imediatamente, evitando o abortamento, a morte perinatal e as sequelas da sífilis congênita.
A maioria dos casos de sífilis congênita resultam de falhas em detectar e tratar a gestante corretamente. O tratamento adequado, iniciado antes de 18-20 semanas de gravidez, independente do estágio da doença materna, apresenta eficácia de quase 100%, ou seja, evita que o bebê nasça com sífilis congênita.
Por isso, todas as gestantes devem realizar teste sorológico para sífilis na primeira consulta, repetindo o teste no terceiro trimestre (em torno de 28 semanas) e no momento do parto ou aborto. A repetição do exame é importante, pois muitas mães adquirem a doença durante a gravidez e o diagnóstico é realizado na hora do parto, quando já não é mais possível evitar a doença na criança.
O tratamento do parceiro também é um desafio no combate à sífilis congênita. É importante acolher e acompanhar também o parceiro no pré-natal, dar orientações sobre prevenção e fornecer o tratamento adequado, evitando possíveis sequelas, a disseminação da doença e a reinfecção da gestante.