10 de dezembro de 2016
Gravidade da febre chikungunya preocupa especialistas
O impacto e a gravidade da febre chikungunya no Brasil, as características da infecção nas fases aguda, subaguda e crônica foram alguns dos temas em debate no 2º Seminário de Dengue, Chikungunya e Zika, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz. O evento reuniu nos dias 1 e 2 de dezembro especialistas em arboviroses da Fiocruz e de instituições parceiras, além de representantes do poder público.
Até 2014 se acreditava que a chikungunya tinha baixa letalidade, mas estudos recentes provam o contrário. Foi o que destacou o especialista da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Carlos Brito. Segundo ele, com o desenvolvimento de novas pesquisas, está se provando que, além de causar importantes limitações físicas, a chikungunya também mata. Ele também ressaltou a taxa de ataque elevada e o alto risco de epidemia da doença.
Além disso, o pesquisador da UFPE se mostrou preocupado com as dores crônicas típicas da doença, que incapacitam jovens e adultos por anos e provocam outros transtornos, ao longo do tempo, como desordem do sono, depressão, distúrbio de memória e concentração. A preocupação não é à toa. De acordo com o reumatologista Geraldo Pinheiro, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), cerca de 50% dos pacientes acometidos pela doença evoluem para a cronicidade.
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