Desde que o senador Romário apareceu na mídia, em janeiro, com aparência mais magra não se fala em outra coisa. O ex-jogador de futebol perdeu 10 quilos em apenas 45 dias, resultado de uma cirurgia de interposição ileal, ainda em fase experimental no Brasil, e que não deve ser indicada fora de um protocolo de estudo aprovado pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBE) faz um alerta para as indicações da cirurgia bariátrica/metabólica para pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) maior ou igual a 35. Além dos riscos cirúrgicos, há também complicações após a cirurgia, como deficiências nutricionais. Neste caso, são destacadas as anemias por deficiência de ferro, de vitamina B12 e/ou ácido fólico, deficiência de vitamina D e cálcio e, em alguns casos, atém mesmo a desnutrição.

Romário fez a cirurgia para tratar o diabetes tipo 2. Porém, a SBE ressalta que o sucesso no tratamento da doença é resultado de uma combinação de alimentação adequada, atividade física e medicamentos.

A cirurgia pode ser considerada como opção para adultos com Diabetes Mellitus Tipo 2 e IMC maior que 35. Porém, é necessário uma boa indicação e acompanhamento médico contínuo. Ou seja, nada mais apropriado do que conversar com um médico endocrinologista que vai avaliar a indicação do procedimento mais adequado para cada caso.