Mais da metade dos brasileiros está com excesso de peso. A informação é do relatório “Panorama da Segurança Alimentar e Nutricional na América Latina e Caribe”, produzido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Segundo o documento, o sobrepeso é maior em mulheres (59,8%) do que em homens (57,3%). Quanto à obesidade o problema é o mesmo: 25,2% das mulheres adultas do país estão obesas contra 17,5% dos homens.

Para reverter isso, o Ministério da Saúde assumiu, durante o “Encontro Regional para Enfrentamento da Obesidade Infantil”, realizado no último dia 14, em Brasília, o compromisso de atingir metas para frear o crescimento do excesso de peso no país. O país deve atingir três metas até 2019: deter o crescimento da obesidade na população, reduzir em 30% o consumo de refrigerantes e sucos artificiais na população adulta e aumentar em 17,8% o percentual de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente.

Alimentação saudável
Experiências positivas também constam como exemplo no relatório. Atualmente, no Brasil, é proibida a publicidade de substitutos de leite materno, além de regular a propaganda de outros alimentos voltados para mães e crianças de até dois anos. Isso é consequência da criação de uma legislação específica para o assunto. A Campanha “Brasil Saudável e Sustentável”, que visa sensibilizar e alertar a população brasileira quanto aos benefícios da alimentação saudável, também foi citada na publicação.

A base da alimentação deve ser feita de alimentos in natura e minimamente processados, segundo a OPAS/OMS. Alimentos in natura são aqueles que não sofreram qualquer alteração após deixarem a natureza, como folhas e frutos ou ovos e leites. Já os minimamente processados são os alimentos in natura submetidos a alterações mínimas, como grãos secos polidos ou moídos na forma de farinhas, cortes de carne resfriados ou congelados e leite pasteurizado. Portanto, evite biscoitos, sorvetes, misturas para bolo, macarrão, temperos “instantâneos”, refrescos e refrigerantes, iogurtes e bebidas lácteas adoçadas e aromatizadas.