27 de março de 2017
O que você sabe sobre a sífilis?
Que a sífilis é uma doença sexualmente transmissível isso não é nenhuma novidade, mas quais são os sintomas? Como é o tratamento? Você sabia que, segundo um boletim divulgado pelo Ministério da Saúde no ano passado os casos de sífilis adquirida, entre os anos de 2014 e 2015, aumentaram em 32,7%, em gestante 20,9% e congênita, 19%?
Sintomas
As manifestações clínicas podem se apresentar em diferentes estágios:
Sífilis primária
Entre o 10º e o 90º dia após o contágio pode aparecer uma ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca ou outros locais da pele). Esta ferida não dói, não coça, não arde e não tem pus, podendo estar acompanhada de ínguas na virilha.
Sífilis secundária
Esta fase começa seis semanas e seis meses após o surgimento da ferida inicial e após a cicatrização espontânea. Aparecem manchas no corpo, principalmente, nas palmas das mãos e plantas dos pés. Não coçam, mas também podem surgir ínguas no corpo.
Por estes motivos, nos estágios primário e secundário da infecção a possibilidade de transmissão é maior.
Sífilis latente – fase assintomática
Não aparece nenhum sinal ou sintoma. Esta fase é dividida em sífilis latente recente (menos de um ano de infecção) e sífilis latente tardia (mais de um ano de infecção). A duração desta fase é variável, pois pode ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
Sífilis terciária
Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção. Geralmente surgem sinais e sintomas, como lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte.
Transmissão
Esta doença pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, ou da mãe infectada para a criança durante a gestação ou o parto. Portanto, é importante manter relações sexuais de forma segura e, claro, fazer o acompanhamento da gestação.
Diagnóstico e tratamento
Um simples exame de sangue, disponível nos serviços do Sistema Único de Saúde, permite o diagnóstico da sífilis.
Utiliza-se a penicilina para o tratamento e cada médico vai indicar a quantidade adequada dependendo de cada estágio da doença.
Após o tratamento, é necessária a realização de exames de sangue de acompanhamento após três, seis, 12 e 24 meses para garantir que não há mais infecção.
Sífilis congênita
É quando a doença é transmitida de mãe para filho durante a gestação. Em decorrência disso, podem surgir complicações como: aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e/ou morte ao nascer.
Por isso é tão importante a realização do pré-natal. Pois caso seja detectada a sífilis, a gestante poderá receber o tratamento corretamente, assim como o seu parceiro sexual, para evitar a reinfecção e transmissão no parto.
De qualquer forma, se a doença não for diagnosticada durante a gestação, os sintomas podem se manifestar na criança logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida. O mais comum é surgirem os sinais logo nos primeiros meses, a criança pode ter pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental. Em alguns casos, pode ser até fatal.