18 de abril de 2018
Dez milhões ainda precisam se vacinar contra febre amarela no país

De acordo com o boletim epidemiológico publicado no dia 11 de abril pelo Ministério da Saúde, a cobertura da campanha de vacinação contra a febre amarela está bem abaixo da meta, que é 95%. A cobertura da campanha em curso no Rio de Janeiro está com 40,9%, a Bahia está com 55% e São Paulo com 52,4% da população-alvo vacinada. Ao todo, a campanha nesses estados busca imunizar 23,8 milhões de pessoas.
Os dados referem-se às 77 cidades que fizeram parte da campanha com estratégia de fracionamento e a ampliação para mais 52 municípios de São Paulo. Esses municípios devem continuar vacinando a população com a dose fracionada, que garante a mesma proteção da dose padrão, e ampliar a cobertura vacinal para prevenir novos casos da febre amarela no país. A vacina está disponível nos postos de saúde e o Ministério da Saúde reforça a importância da população procurar os postos de vacinação nas áreas de risco de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
Como a vacinação continua sendo ferramenta mais importante para prevenir surgimento de casos no próximo verão, todo o território brasileiro será área de recomendação para vacinação contra a febre amarela. A ampliação foi anunciada pelo Ministério da Saúde em março deste ano. Será feita de forma gradual e concluída até abril de 2019. A medida é preventiva e tem como objetivo antecipar a proteção contra a doença para toda população, em caso de um aumento na área de circulação do vírus. Atualmente, alguns estados do Nordeste e parte do Sul e Sudeste não fazem parte das áreas de recomendação de vacina.
Casos
Desde o dia 1º de julho de 2017 até 10 de abril, o Ministério da Saúde registrou 1.127 casos confirmados de febre amarela. No total, foram 5.052 casos notificados, sendo 2.806 já descartados e 1.119 continuam em investigação. No ano passado, considerando o mesmo período de monitoramento (julho/2016 a 10 de abril/2017) eram 712 casos e 228 óbitos confirmados. Os informes de febre amarela seguem, desde o ano passado, a sazonalidade da doença, que acontece, em sua maioria, no verão. Dessa forma, o período para a análise considera de 1º de julho a 30 de junho de cada ano.