09 de maio de 2018
Gripe: saiba mais sobre os cuidados e a importância da vacinação
Você já deve ter percebido que os casos de alergias respiratórias, resfriados e gripe são mais comuns nos meses de outono e inverno. Isso acontece porque a queda de temperatura durante estas estações é um dos fatores que favorece a proliferação dos patógenos. Não por acaso, é justamente agora que está sendo realizada a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza – a campanha começou no dia 23 de abril e vai até 1º de junho, sendo o dia 12 de maio o Dia D de Mobilização.
Os números do informe epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde confirmam a importância da vacinação. Até 21 de abril deste ano, já foram registrados 566 casos de influenza no país, com 90 óbitos, a maioria em decorrência da infecção pelo subtipo A(H1N1). A circulação do vírus influenza no país é acompanhada por meio de uma rede de unidades sentinelas, distribuídas em serviços de saúde de todos os estados, e uma rede de laboratórios de referência.
Especialistas que fazem parte desta rede explicam que a circulação dos vírus varia ano após ano, podendo haver equilíbrio ou predomínio de alguma cepa. Nesse contexto, a vacinação é a principal forma de evitar o desenvolvimento de casos mais graves de gripe. As vacinas são atualizadas para cada epidemia, e mesmo que apenas um componente seja alterado é importante renovar a vacinação.
Tipos e linhagens
Existem três tipos de vírus influenza: A, B e C – os dois primeiros são responsáveis por epidemias sazonais em várias regiões do mundo, com circulação predominantemente no inverno e, o último, causador de infecções mais brandas. Mesmo com suas particularidades genéticas, todos podem provocar os mesmos sintomas, como febre alta, tosse, garganta inflamada, dores de cabeça, no corpo e nas articulações, calafrios e fadiga.
Subtipo do Influenza A, o H3N2 ganhou destaque após atingir de forma intensa a população dos Estados Unidos durante a recente temporada de inverno no hemisfério norte. Não se trata de um vírus novo, o H3N2 infecta humanos desde 1968 e tem circulado de modo preponderante desde 2015 no Brasil e no mundo.
No entanto, uma onda de boatos, que passou a circular pelas redes sociais, ‘pegou carona’ nessa notoriedade propagando informações inverídicas de um subtipo de nomenclatura similar – H2N3 – estaria em circulação no país e poderia provocar uma pandemia. Esse subtipo até existe, mas sua circulação está restrita a animais. Nunca foi identificado em humanos em nenhuma região do mundo.
Cuidados do dia a dia
Ações básicas podem contribuir para reduzir as chances de contágio com os vírus Influenza. O uso de desinfetante para higienizar superfícies, o hábito de lavar as mãos adequadamente com água e sabão e o uso de álcool em gel são formas eficazes de inativar o vírus e evitar sua propagação. Hábitos como cobrir a boca e o nariz usando lenços ao tossir ou espirrar também são eficazes para reduzir a transmissão viral. O vírus é pouco resistente, perde sua capacidade infecciosa facilmente e permanece poucas horas no ar ou em superfícies como mesas e corrimões.